A EAD pode ser compreendida como um processo de formação humana que se organiza, planeja e se concretiza diferentemente daquela da educação presencial, sobretudo no que concerne o espaço e tempo. O ensino a distância preenche hoje, um papel democratizador do ensino, pois, pode levar cultura a lugares de difícil acesso, e, permite ao educador escolher o melhor momento para seus estudos. Pessoas comuns, com atividades de trabalho e pouco tempo livre, tem a oportunidade de estudar e alcançar patamares de aquisição de conhecimento, de outra forma quase que impossível, quebrando o ciclo de exclusão. A EAD não é uma novidade, já em 2002 participei da primeira turma da USP no Curso de Especialização em Educomunicações, o qual era 80% a distancia, foi um excelente curso apesar de ser uma turma teste para ver qual seria a aprovação dos candidatos quanto a metodologia, mas posso dizer que é uma forma de adequação no seu horário de estudo e que cursos em EAD exige muito dos alunos na questão de pesquisas e estudos. Durante o processo de análise de e discussão em alguns blogs com relação a EAD pude perceber a ênfase nas dificuldades que relacionam a utilização das ferramentas tecnológicas. Pois, atualmente são muitas informações em pouco espaço de tempo como: games, blogs, facebooks, Orkut, twuiters, celulares entre outros. As informações chegam ao nosso conhecimento em poucos minutos do acontecido, desta forma não poderia ser diferente o ensino-aprendizagem. No começo tudo o que é novo assusta um pouco, mas é questão de tempo e prática para que tudo não passe de apenas mais um aprendizado. Um dos blogs que escolhi para comentar foi o educacaoadistancia.blog.br, nele encontrei um artigo muito interessante comentando sobre a validade do diploma obtido através da educação a distancia. Este é um ponto fundamental a esclarecer, neste blog a discussão era sobre a validade que muitos questionam, mas este paradigma vem sendo quebrado com o passar do tempo, pois a EAD é amparada legalmente por normas e leis, que deveriam ser mais divulgadas aos candidatos dos cursos superiores. Como gestora do pólo presencial do meu município me deparei com vários casos no início da implantação do sistema EAD aqui em nossa Faculdade com dúvidas frequentes sobre a validação dos diplomas. Buscamos tranquilizar nossos candidatos e alunos com a legislação vigente que diz: “não há distinção entre educação presencial ou a distancia como critério para valorar mais ou menos um diploma, seja ele de qualquer nível escolar”. Já no segundo blog “http://eadnoalvo.spaceblog.com.br” a discussão era sobre as vantagens e desvantagens da EAD. A partir dos comentários vemos que a grande maioria das pessoas já começam a desmistificar o conceito de má qualidade na aprendizagem a distância e pontuando muito mais vantagens do que desvantagens ao escolher um curso a distancia.
Como diz Paulo Freire:
“A curiosidade como inquietação indagadora, como inclinação ao desvelamento de algo, como pergunta verbalizada ou não, como procura de esclarecimento, como sinal de atenção que sugere alerta faz parte integrante do fenômeno vital. Não haverá criticidade sem a curiosidade que nos põe pacientemente impacientes diante do mundo que não fizemos, acrescentando algo a ele que fazemos.”
Toda novidade é algo que nos põe a pensar e a querer desvendar aquilo que ainda não conhecemos. Buscar o novo, tornar-se crítico e lutar por um ideal nos faz crescer para uma sociedade que nos cobra ser cidadãos participativos e justos. Isso só será possível quando esquecermos os medos e enfrentarmos as dificuldades de frente. Vamos a luta!
Bibliografia: FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. 6ª Ed. São Paulo: Paz e Terra, 1997, 35p.
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